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terça-feira, 20 de abril de 2010

Podando árvores


Não é de hoje que sinto certa injuria pela parte dos profissionais que me ensinam língua portuguesa na escola. A muito tempo sempre me senti revoltado pelos cortes cometidos em minhas redações, textos que eu considerava esplêndidos sendo rebaixados, e também alguma pressão para que eu fizesse tudo aos padrões pedidos, sem poder explorar muito da minha imaginação. Não digo que não se devem existir regras para os textos serem bem formados, eu admito errar muito em gramática e entendo aquela riscalhada em caneta vermelha nas minhas folhas de redação, mas o que me tira do sério, literalmente, é ver as pessoas mudando a essência do meu texto, tirando o que eu quero passar por ele, coisas que eu considero criativas, fluentes de um bom tempo pensando em uma forma de entreter quem está lendo, sinto como se estivesse simplesmente mudando meu pensamento, e depois vejo meu nome em livros escolares com a redação, mas simplesmente não é o que eu escrevi, é um texto de outra pessoa, não quero ver meu nome naquilo.
As vezes, me dá a impressão de que para agradar os outros você não tem que ser você mesmo, e sim o que eles querem. Ao fazer uma redação seguindo todos os padrões pedidos pelo professor, eu vi na outra semana uma nota máxima em minha redação, mas não fiquei feliz, eu tinha odiado escrever aquilo, não tinha nada de mim, não era meu texto, eram só palavras soltas. Então, quando faço uma redação de meu gosto, pondo tudo de mim no texto, vejo a palavra DESNECESSÁRIO grafada na parte a qual eu mais gostara de escrever.

2 comentários:

  1. Idem amigos. Na escola querem que façamos aquelas redações manjadas, sem graça, e nada criativas. Mas é assim mesmo, acho que querem 'nos calar', nos 'deixar cegos' mesmo, não querem que vejamos o mundo '-'

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  2. Realmente, os "padrões" de escola limitam o que podemos escrever, com seus temas, limite de linhas e "modo" de escrever.No fim das contas acabamos nos expressando de um forma diferente da forma que queríamos.Muito boa postagem !

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