Hoje eu vi duas pessoas sentadas em um banco, em uma praça comum, sem nada de especial, os dois tavam parados, se olhando, e sorrindo.
Eram um casal, eu nao sei o que foi que eu senti ao ver aquilo, mas sei que me encomodou. Talvez tenha sido o sorriso, ou o fato de que eles nao estavam fazendo absolutamente nada. Nao sei realmente, mas eu sei que eu queria aquilo, queria sorrir. Tentei sorrir no momento, estimulei meus musculos e consegui fazer meu rosto formar um sorriso, sim, eu estava sorrindo, mas era algo falso, sem emoção, um sorriso vazio.
Fiquei então, desejando intensamente aquilo que o casal tinha, eles nao precisavam de nada pra sorrir, nenhum artificio, apenas um ao outro, e assim eu me pus a pensar um pouco.
Primeiramente, eu pensei no que me fazia feliz, pensei na minha amada, se eu a tivesse comigo naquele momento ela me faria feliz, estar com ela a qualquer momento me faz feliz, mas ela se encontra tão longe.
Pensei depois nos meus amigos, eles me fazem feliz, de fato, nossas conversas, a farra, quando saimos pra passear, são todos momentos que eu nao trocaria por nada, mas também nao tinha meus amigos no momento.
Relembrei da minha infancia então, quando nao haviam comentarios relacionados com temáticas sexuais, quando eu era inocente, creio que essa é a palavra certa... aquele tempo era tão feliz, eu nao me preocupava com o mundo em volta, só com o meu mundo.
Esse assunto de felicidade me intrigou bastante, as vezes pensar é bem chato, mas quando eu vejo, pronto, to pensando denovo. Eu cheguei a conclusão de que o que me faz feliz de verdade são coisas simples, um sorriso, um abraço, palavras confortantes, um som, ou talvez só
a presensa de pessoas significantes na minha vida.
O conceito de felicidade deve ser diferente pra todas as pessoas, acho que eu nao sei conceituar ela, nao gosto muito de conceituar as coisas, porque a maioria delas tem significados tão brandos... o que chegaria mais perto em palavras pra mim, seria que a felicidade
é um sentimento de extrema grandesa que vem de coisas simples e muitas vezes pequenas, mas que são tão boas que se transformam em imensidão.