quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
O texto mais confuso da história.
Pausa, acabou a música, preciso colocar outra pra tocar.
Pronto. Dando continuidade ao texto, que na realidade não tem continuidade... Apenas preciso deixar transbordar tudo isso que não sai da minha cabeça, e é muita coisa, que provavelmente é pouca, mas eu sou assim mesmo, gosto de aumentar as coisas, dramaticidade faz parte da coisa toda, ou da coisa pouca. Há pouco lembrei do que não queria lembrar, fiz a grande bobagem de remexer em coisas velhas, se é que dois anos atrás faz realmente muito tempo... Acontece que doeu, saudade dói, arde o peito, e o pior é saber que o que doe em você não doe nos outros, a dor é mais suportável quando compartilhada.
E agora, agora eu já estou esquecendo de tudo, e eu lembrava de um monte de coisas. No começo havia todo esse emaranhado de pensamentos que mais pareciam meus fones de ouvido quando tiro do bolso, agora, ao invés de eu desenrolar tudo como é de se esperar, eu já não encontro o fio, parece desvanecer até não sobrar nada, e é difícil imaginar como um monte de fios pode se transmutar numa folha em branco, mas na cabeça, meu caro, tudo é possível.
Se eu pudesse eu largava isso tudo de lado, fechava o caderno de matemática (pois simplesmente não aguento mais estudar), e tocava piano até cansar. E desejaria de olhos fechados, enquanto toco uma melodia suave (provavelmente algo de Bach), que eu nunca me cansasse, que ficasse fazendo e tocando música por toda a eternidade. Talvez não seria mais um corpo fazendo música, mas sim música fazendo um corpo, e tudo se resumiria nisso.
Entender tudo isso parece mais complexo (i = raiz quadrada de -1; apenas revisando amigos, prova de matemática amanhã) do que entender toda essa física teórica de Hawking - da qual, diga-se de passagem, compreendo por volta de 30% - e eu juro que me esforço, porque provavelmente é mais uma daquelas crises de adolescência idiotas que deveriam ter passado quando eu aceitei que pensar em toda aquela velha história de novo não servia mais para nada. Mas, se eu ainda lembro dela, será que eu aceitei mesmo? Talvez isso seja como uma partícula/onda e suas inúmeras possibilidades, e a mecânica quântica graças a Deus (ironia utilizar física e Deus numa mesma frase?) surgiu para nos deixar com todas essas dúvidas tão interessantes, como algo próprio de toda a vida humana e não mais um sentimento que, não sabendo como classificar corretamente, nós incluímos nesse emaranhado de coisas que chamamos de crise de adolescência.
É só que talvez amanhã todo esse ciclo termine, não de fato, pois nada muda de uma hora para outra, mas o marco referencial ocorrerá, isso se eu for bem sucedido nessa maldita prova de matemática (eu nunca fui amigo próximo das exatas, o que me encanta é o ser humano e sua complexidade, assim como as artes e tudo que necessita de criatividade), e então bastará esperar pelo grande dia da formatura, quando todos vamos chorar, nos abraçar, desejar coisas boas e eu vou me sentir infinito, como já diria o Charlie, e vou amar estar no meio disso tudo. Mas e depois?
Eu tenho aquele medo do vazio. Imagine que eu já planejei boa parte do meu futuro, sei que tenho coisas para fazer, tocar piano, trabalhar, estudar, ler e ler cada vez mais (jogar também, por que não?), e mesmo assim possuo esse medo de entrar no profundo tédio. Logo mais serei "maior de idade", mesmo não sabendo direito o que isso significa na prática, só em teoria. E ai vem aquela minha velha tendência de ser um ótimo teórico, mas péssimo na prática - e isso se comprovou na minha prova da Oficina de Teoria e Percepção Musical, na qual gabaritei a prova teórica, e fui mediano na prova prática - e ter medo de que ser assim não baste pro mundo, tendo assim que aprender a virar uma pessoa prática na dureza de errar com a vida... Na teoria tudo é realmente mais fácil.
Acabei de provar pra mim mesmo que eu domino a antiga arte de começar no Alasca e terminar na Rússia, apesar de que, se olharmos por uma outra perspectiva, um está do lado do outro, e não a um mundo inteiro de distância. De qualquer forma, penso que isso não precisa ser muito compreensível, já que o cérebro humano é uma série de impulsos nervosos acontecendo ao mesmo tempo, de maneira tão complexa capaz de formular esse monte de ideias. Já que não consigo mais formar uma frase que se preze, e a música acabou outra vez, ponto final, e lá e de volta outra vez.
terça-feira, 10 de maio de 2011
Sonho VS Perfeição
Primeiramente, vou me desculpar com os leitores do blog por ter ficado tanto tempo sem postar. A criatividade morreu... Sério. A escola a matou, assim como matou quase todo meu tempo livre, e o que sobrou, em vez de eu utilizar fazendo algo produtivo como ler ou escrever, usei indo em festas e ficando super cansado nos dias posteriores, acabando com todo e qualquer pensamento que poderia dar fruto a um texto. Festas de 15, não sou baladeiro.
Fico bastante envergonhado por ter deixado o blog vazio assim, minhas sinceras desculpas pra quem lê o blog... Provavelmente ele vai continuar vazio depois dessa postagem.
Como é comum, enquanto eu estava no banho, uma pequena ideia surgiu na minha cabeça. Foi sendo trabalhada na ida pra escola, durante os períodos letivos a aprimorei e lapidei, e no ônibus, de volta para casa, a conclui.
Eu pensava sobre garotas, nada mais normal pra um adolescente de 16 anos passando pela puberdade, eu pensava nos tipos diferentes, influenciado por um vídeo visto no dia anterior. O vídeo caracterizava em três tipos diferentes, mas não vêem ao caso, pois são totalmente diferentes dos que eu pensei.
Primeiro, me recordei de como seria a garota perfeita, e nessa consiste o primeiro tipo, essa idéia foi se formando ao longo dos meus anos de vida, sendo aprimorada com a mudança de gostos e de pensamentos, mas sua idealização é a mesma sempre: Uma colcha de retalhos com tudo o que há de bom em relação aos gostos aparentes. Essa garota perfeita é aquela que tem tudo em comum com você, gosta dos mesmos filmes, músicas, roupas, livros, instrumentos, etc. É também aquela que possui todos os detalhes que você espera em sua companheira, tem a cor de cabelos ideal, a cor dos olhos ideal, se veste como a garota perfeita deve se vestir, é uma garota totalmente utópica.
Como a maioria das coisas absurdamente otimistas e utópicas, essa garota não deve existir, e se existir, não é totalmente perfeita como você acredita ser, pois essa perfeição é somente aparente e superficial, e relacionamentos afetivos superficiais são falhos.
No entanto, há o segundo tipo, que seria a garota dos sonhos. Não confunda o fato de ela ser dos sonhos, como sinônimo de ser a garota perfeita, a garota perfeita pode aparecer nos seus sonhos, mas ela não é a garota dos seus sonhos. Essa garota dos sonhos não possui a perfeição aparente, na maioria das vezes, você nem sabe como ela é, as suas feições são claras durante o sono, mas ao acordar você não recorda as feições dela. Você pode ficar conversando horas com ela e sempre vai se sentir bem, ela pode ser muito diferente, mas sempre vai te trazer tranqüilidade.
O homem vai sempre procurar pela garota perfeita, mas só vai amar verdadeiramente a garota dos sonhos, porque a garota dos sonhos não está totalmente definida, e uma das melhores partes do amor é ir descobrindo os detalhes da pessoa aos poucos. Como a garota perfeita tem um molde, não é qualquer uma que pode se encaixar nele, mas a garota dos sonhos pode ser qualquer uma, você só precisa descobrir.
Se você é mulher, não tente ser a garota perfeita, mas sim a garota dos sonhos, só assim o rosto dessa garota poderá ficar claro nos sonhos do homem, e ele irá te amar verdadeiramente.
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Música do Post: Com certeza alguma do Supertramp, tendo em vista que só ouvi essa banda o dia inteiro.